A ginástica rítmica, como se conhece hoje, surgiu no início do século XX e apenas nas últimas décadas começou a ser bastante difundida no Brasil, principalmente por causa das Olimpíadas, em que a modalidade além de competitiva é uma das mais belas apresentações que o público pode assistir.
Não há como presenciar uma rotina de ginástica rítmica sem se impressionar com o espetáculo de força, flexibilidade, equilíbrio, controle e arte das ginastas.
Em Itapeva, a modalidade foi introduzida há poucos anos pela professora Regina Almeida, que descobriu a paixão quando ainda cursava a faculdade de Educação Física.
“Trabalho com essa modalidade a alguns anos e ao longo desse tempo fiz diversos cursos. Atualmente, na minha profissão, a ginástica rítmica é o que me faz mais feliz, na qual me sinto mais realizada. É lindo ver o processo em cada ginasta com a sua aprendizagem e os seus avanços”, contou a professora.
Segundo Regina, esta prática esportiva ensina muito as meninas que a praticam. “Elas aprendem a ter postura e cooperação, além das possibilidades que o corpo oferece e o quanto artísticas elas podem ser. É uma alegria trazer para a nossa cidade esta prática, que antes era vista só nas mídias”, comentou.
A prática é bem complexa. Há sequências de mãos livres e com a utilização de aparelhos com os arcos, bolas, cordas, fitas e maças. Essas sequências podem ser feitas individualmente, em duplas, em trios ou em conjunto que é composto por 5 ginastas.
Embora seja rítmica, utilizando música e movimentos de dança, as sequências são bem diferentes das coreografias de dança, pois para cada aparelho há movimentos específicos de uso obrigatório propostos pelo Código de Pontuação de Ginástica Rítmica.
Proprietária da Escola de Ginástica Rítmica Dellas, Regina já conquistou excelentes resultados com suas alunas. “A Dellas tem me trazido grandes resultados. Fiquei emocionada com a nossa primeira apresentação em dezembro de 2023, ao ver quantos talentos estavam se formando. Em 2024, participamos em junho da nossa primeira competição, que aconteceu na cidade de Mogi Guaçu, promovida pela Liga Metropolitana de Ginástica Rítmica. Foram em média 15 cidades e voltamos com 8 medalhas. Foi incrível! Em setembro estivemos em Santos, na Copa Yaciara Marques, onde também obtivemos excelentes resultados. Participaram 18 meninas e obtivemos 18 medalhas”, confessou.
As aulas ocorrem na Casa do Professor (CPP), com várias turmas em diversos horários diferentes, dependendo da faixa etária. Para este ano, as inscrições já estão abertas e podem ser feitas no local.
A ginástica rítmica é fortemente influenciada pela linguagem artística, como o teatro, a música e a dança, envolvendo um árduo trabalho de preparação emocional, criativa e física. Por isso, quem já fez ballet algum dia, tem mais facilidade para os seus movimentos.
“O ballet é a base da prática da ginástica rítmica. Ter sido bailarina me acrescenta muito na realização do planejamento dos meus treinos. O bacana é que há meninas que se apaixonam por essa prática e além de praticar, também têm a possibilidade de apresentar-se e competir em diversos torneios e campeonatos”, finalizou Regina.