O Parque Pilão D’Água é um dos principais pontos turísticos da cidade e quem não o conhece precisa urgentemente fazer uma visita.

Inaugurado em 20 de setembro de 1970 com uma área de 70 alqueires de preservação, entre a Rodovia Francisco Alves Negrão e o Bairro Colina dos Pinheiros, o Pilão D’Água é um parque tombado e patrimônio histórico de Itapeva.

É uma área de lazer e recreação, que oferece diversas atrações e comodidades para os moradores locais e visitantes com entrada livre.

Ele é reconhecido por sua represa exuberante, suas áreas verdes e trilhas para caminhadas, que proporcionam um ambiente tranquilo e contato direto com a natureza.

Existem várias áreas propícias para um gostoso piquenique, onde famílias e grupos de amigos podem se reunir e desfrutar de um dia ao ar livre. 

O novíssimo playground, para as crianças, conta com brinquedos e estruturas que garantem diversão e segurança aos pequenos. 

Há pontos de observação em frente da cantina, com uma área elevada que oferece vistas panorâmicas da represa e do parque, ideais para fotografias e contemplação.

O Pilão D’Água ainda possui instalações esportivas, com campo de futebol, quadras de futsal e basquete, além do vôlei e outros espaços para a prática de atividades físicas.

Conta ainda com um auditório para eventos culturais e comunitários, no qual frequentemente acontecem shows, feiras, eventos e outras atividades comunitárias que promovem a integração e o entretenimento dos visitantes. 

Com o silêncio do Parque, algumas áreas são dedicadas à meditação e ao relaxamento, proporcionando um ambiente tranquilo para quem busca paz e bem-estar e deseja ouvir o canto de pássaros. 

Conta ainda com um pier para a prática da pesca esportiva e com a cantina, que oferece quitutes, refrigerantes, doces e salgados. 

O Parque Pilão D’Água é denominado como Parque Jorge Assumpção Schmidt, que na década de 1970 foi prefeito de Itapeva. O Auditório Cultural leva o nome do Deputado Estadual, Kinkas Mattos e o prédio que abriga a sede do IHGGI, o Instituto Histórico, Geológico e Genealógico de Itapeva tem a denominação do historiador Preto Mattos.

Na questão da segurança, o Parque conta com uma guarnição da Guarda Civil Municipal de Itapeva vinte quatro horas por dia. Acidentes ocorreram no passado, em boa parte pelo desconhecimento dos usuários, quanto ao uso adequado das instalações, como por exemplo nadar na represa, mas hoje há placas indicando que tal atividade é proibida no Parque.

O Parque é uma área da Fazenda Pilão D'Água. Com o tempo, a fazenda sofreu várias desapropriações para projetos públicos, como o Campo de Aviação de Itapeva e o Centro Comunitário Bento Alves Natel, hoje o Parque Jorge Assumpção Schmidt. Atualmente, a Prefeitura de Itapeva detém cerca de 70 alqueires da propriedade, com o objetivo de preservar seu valor histórico e beneficiar a população local.

Futuro e Passado

De acordo com o ex-secretário da Cultura de Itapeva, Marcio Gouveia, ainda há um projeto para adicionar novos atrativos ao Parque, como os pedalinhos. “Contudo é estritamente necessário, através de um chamamento público, alinhar leis, para que se possa fazer uma terceirização da exploração onerosa de pedalinhos na área. No entanto, a introdução de novos atrativos como os pedalinhos geralmente envolve várias etapas, incluindo, planejamento e projeto, leis específicas, desenvolvimento de um projeto detalhado para a implementação dos pedalinhos, considerando o impacto ambiental e as necessidades de infraestrutura, realização das obras necessárias para preparar o local, construir as instalações e adquirir os pedalinhos, manutenção e operação pela empresa vencedora do certame”, explica.

Hoje o Parque, que foi recém reinaugurado, está apto e pronto para receber os seus visitantes. Entretanto, num passado bem recente, o local estava abandonado e era frequentado por vândalos e marginais. 

Porém, a realização dos atrativos no Parque Pilão D’Água foi possível graças a uma combinação de planejamento, investimento e colaboração entre a administração pública, e diversos atores locais. 

“O Planejamento Urbano e Ambiental foi sendo construído cuidadosamente e sustentavelmente. Foi essencial para a preservação das áreas verdes, trilhas e espaços de lazer. Profissionais de urbanismo e meio ambiente trabalharam juntos para garantir que o Parque fosse cuidado e ambientalmente sustentável. Investimentos públicos, alocados de forma planejada, cobriram a construção de instalações, a manutenção das áreas verdes e a criação de infraestruturas como playgrounds, ponte acesso a ilha e também a própria reorganização da ilha com a construção de um pergolado e a reforma do espaço, onde hoje abriga a cantina. A gestão eficiente do Parque, com uma equipe dedicada à manutenção, segurança e organização de atividades, garantiu que o Pilão permanecesse limpo, seguro e atrativo para os visitantes”, descreve Marcio.

Outro problema encontrado no Parque foi o assoreamento da represa e a falta de manutenção, que aos poucos foi tomando o rio e diminuindo o seu nível. Onde antes era possível andar de barco ou jet-ski, aos poucos foi sendo dominado pela areia e plantas danosas. 

“O desassoreamento da represa do Pilão D'Água ficou a cargo da SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e é uma iniciativa crucial para a melhoria da capacidade de armazenamento e qualidade da água e a preservação ambiental da área. Na cabeceira do Ribeirão Fundo foi executado o desassoreamento, dando maior vazão para a entrada de água na represa. O programa de desassoreamento segue o cronograma da SABESP, que continua realizando esta limpeza”, conta o ex-secretário.

Priorizando a Cultura

O ex-secretário da Cultura de Itapeva, disse que seu maior desafio no Parque Pilão D'Água foi o de organizar o espaço físico e os equipamentos. “No Auditório Cultural fizemos a pintura externa, com grafismos da história de Itapeva e sua gente e além disso valorizamos um artista local. Internamente adequamos o auditório com cadeiras confortáveis (150 unidades), instalamos um potente e tecnológico sistema de ar condicionado, cortinas automáticas e cortinas na coxia e no palco. Instalamos luz cênica, e som de última geração”, enumera. 

Além disso, o espaço valorizou os artistas da cidade, oferecendo a eles um local planejado e uma programação cultural incrível. 

“Implementamos um programa abrangente de eventos culturais, que revitalizou o Parque como um centro de atividades comunitárias e artísticas. Esse programa inclui: festivais culturais, como o festival de inverno das oficinas culturais, que celebraram a diversidade cultural local, com apresentações de música, dança, teatro e exposições de arte. Esses eventos trouxeram os artistas locais e os projetaram na região, promovendo a cultura e o talento da comunidade; também oficinas e workshops com a promoção gratuita, abrangendo diversas áreas como artes plásticas, música, dança, teatro e literatura. Essas atividades proporcionaram oportunidades de aprendizado e desenvolvimento pessoal para pessoas de todas as idades; e ainda eventos comunitários, com o pessoal da terceira idade, como celebrações da vida e da cultura, que fortaleceram o senso de comunidade e pertencimento entre os moradores de Itapeva. Essas iniciativas não apenas enriqueceram a vida cultural da comunidade, mas também aumentaram a frequência de visitantes ao Parque Pilão D'Água, tornando-o um espaço vibrante e dinâmico, essencial para a integração social e o bem-estar da população”, detalha Marcio Gouveia.